Os alunos participaram da dinâmica da batata-quente com o objetivo de sensibilizá-los sobre o tema proposto para que possam refletir frente a um caso de
gravidez nesta fase da vida. Conversamos sobre o quanto é importante conhecer e respeitar o nosso corpo para evitar um gravidez indesejada, conhecer os métodos contraceptivos, além de evitar a gravidez, protege contra as doenças sexualmente transmissíveis.
A gravidez na adolescência é considerada a que
ocorre entre os 10 e 20 anos, de acordo com a Organização Mundial de Saúde
(OMS).
Apontada como uma gestação de alto risco decorrente
das preocupações que traz à mãe e ao recém-nascido, a gravidez nesta faixa
etária pode acarretar problemas sociais e biológicos.
O Brasil apresenta elevados índices de adolescentes
grávidas. Porém, o Ministério da Saúde indica que houve uma redução de 17% no
número de mães entre 10 e 19 anos, no período de 2004 a 2015.
A adolescência é um período da vida rico em
manifestações emocionais, caracterizadas por ambiguidade de papéis, mudança de
valores e dificuldades face à procura de independência pela vida.
A gravidez na adolescência é muitas vezes encarada
de forma negativa do ponto de vista emocional e financeiro das adolescentes e
suas famílias, alterando drasticamente suas rotinas.
Consequências e riscos
A gravidez na adolescência pode trazer
consequências emocionais, sociais e econômicas para a saúde da mãe e do filho.
A
maioria das adolescentes que engravida abandona os estudos para cuidar do
filho, o que aumenta os riscos de desemprego e dependência econômica dos familiares.
Esses
fatores contribuem para a perpetuação da pobreza, baixo nível de escolaridade,
abuso e violência familiar, tanto à mãe como à criança.
Além
disso, a ocorrência de mortes na infância é alta em filhos nascidos de mães
adolescentes.
A
situação socioeconômica, a falta de apoio e de acompanhamento da gestação
(pré-natal) contribuem para que as adolescentes não recebam informações
adequadas em relação à alimentação materna apropriada, à importância da
amamentação e sobre a vacinação da criança.
Também
é grande o número de adolescentes que se submetem a abortos inseguros, usando
substâncias e remédios para abortar ou em clínicas clandestinas. Isso tem
grandes riscos para a saúde da adolescente e até mesmo risco de vida, sendo uma
das principais causas de morte materna.
Essas
ações acarretam prejuízos às crianças, gerando um impacto na saúde pública,
além da limitação no desenvolvimento pessoal, social e profissional da
gestante.
Lana Magalhães
Professora de Biologia
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