Vivemos em uma sociedade em que o convite ao consumo é muito grande, os adolescentes acabam sendo vítimas dos apelos da mídia.
Nesta atividade promovemos a reflexão do tema a partir da análise do texto "Consumo Sustentável X Consumismo" com o objetivo de sensibilizar os adolescentes sobre a importância do consumo sustentável no dia a dia. Após a conversa os adolescentes confeccionaram cartazes demonstrando atitudes sustentáveis que podemos ter no cotidiano, pequenos gestos podem fazer a diferença.
CONSUMO SUSTENTÁVEL X CONSUMISMO
Embora seja
considerada por nossa sociedade com bastante naturalidade, é notável como a
prática do consumismo pode ser exercida com compulsão e, até, transformar-se em
uma doença – o que já é suficiente para colocar em risco a sustentabilidade do
Planeta.
É fundamental, portanto, que cada cidadão aprenda a separar o joio do
trigo, distinguindo o que lhe é essencial daquilo que é supérfluo à sua vida.
Afinal de contas, estamos consumindo para viver ou estamos vivendo para consumir?
Pontuemos um
importante fator desta reflexão: a Mídia. Considerando o suporte publicitário
que lhe é inerente – seja na esfera escrita, digital ou televisiva –, é fato a
sua enorme responsabilidade na formação de opiniões e valores. Qual é a palavra
de ordem em nossos dias? Consumir mais e mais! Comprar e descartar produtos
tornou-se símbolo de modernidade e, sendo assim, a quantidade, mais do que a
qualidade, associou-se sistematicamente à sensação de poder e de felicidade.
Sem que nos apercebêssemos, aceitamos a substituição de valores baseada no ter
ao invés de no ser.
O que entendemos
como “nosso estilo de vida” na verdade reduz-se a uma vitoriosa estratégia de
manipulação no sentido de elevar nossa potência de consumo. Nosso juízo de
valor transferiu-se para a órbita do que temos e consumimos. A questão passa a
ser: como manter (e ostentar) este nível de consumo? Reduzindo o tempo dedicado
ao lazer e às relações humanas e, é claro, trabalhando cada vez mais. Para os exausto,
nada melhor do que a descontração publicitária da televisão, com suas invenções
de sonhos e “necessidades” – o que, por conseguinte, acabará nos exigindo mais
trabalho...
A saída deste beco
está no imediato cultivo de uma cidadania que contemple uma prática de consumo
sustentável, que considere a real necessidade do produto a ser adquirido e leve
em conta seus efeitos tanto sobre nossa saúde como sobre a sociedade e o meio
ambiente.
Consumo Sustentável
x Consumismo - O “MINISTÉRIO DO BOM SENSO” PERGUNTA:
• Eu realmente preciso deste produto?
• Tenho dinheiro suficiente para consumir
isto?
• Este produto tem durabilidade?
• A empresa que produz este bem cuida da natureza e trata bem seus funcionários?
• É adequado o local onde descarto este
produto?
Um cidadão é
responsável quando opta por consumir apenas o necessário, evitando a compra por
impulso. Um ótimo caminho está na escolha de produtos a granel, por exemplo,
que utilizem embalagens recicláveis. Em suma: planejar as compras, reduzir o desperdício,
evitando os descartáveis e, sempre que possível, buscando a reutilização. Acima
de tudo, é fundamental a valorização de empresas que apresentem compromissos éticos
com o meio ambiente e com a sociedade.
Os 5 Rs
Conheça a seguir os
5Rs, ações práticas que, no dia a dia, podem propiciar a redução do nosso
impacto sobre o planeta, melhorando a vida atual e contribuindo com a qualidade
de vida das próximas gerações. Se você já pratica alguma delas, lembre-se que é
sempre possível fazer mais.
Repensar os hábitos de consumo e descarte Pense na
necessidade do produto, antes de comprá-lo. Depois de consumi-lo, pratique a
coleta eletiva, separando embalagens, matéria orgânica e óleo de cozinha usado.
Jogue no lixo apenas o que não for reutilizável ou reciclável. Evite o
desperdício de alimentos. Use produtos de limpeza biodegradáveis. Adquira
produtos recicláveis ou produzidos com matéria-prima reciclada (durável e
resistente). Prefira embalagens de papel e papelão. Utilize lâmpadas econômicas
e pilhas recarregáveis ou alcalinas. Mude seus hábitos de consumo e descarte.
Recusar produtos que prejudicam o meio ambiente e a saúde
Compre apenas produtos que não agridem o meio ambiente e a saúde (dentro do
prazo de validade). Evite o excesso de sacos plásticos e embalagens, aerossóis
e lâmpadas fluorescentes, bem como produtos e embalagens não recicláveis e
descartáveis. Radicalize!
Reduzir o consumo desnecessário Esta prática significa
consumir menos produtos, dando preferência aos que tenham maior durabilidade e,
portanto, ofereçam menor potencial de geração de resíduos e de desperdício de
água, energia e recursos naturais. Adote a prática do refil. Escolha produtos
com menos embalagens ou embalagens econômicas, priorizando as retornáveis. Leve
sua sacola para as compras e adquira produtos a granel. Faça bijuterias,
brinquedos e presentes personalizados reutilizando materiais. Invente novas
receitas e reaproveite de forma integral os alimentos. Alugue equipamentos.
Edite textos na tela do computador e, quando não for possível evitar a cópia ou
a impressão, faça-as frente e verso.
Reutilizar e recuperar ao máximo antes de descartar Amplie
a vida útil dos produtos e do aterro sanitário, economizando a extração de
matérias- primas virgens. Crie produtos artesanais e alternativos a partir da
reutilização de embalagens de papel, vidro, plástico, metal, isopor e CDs.
Utilize os dois lados do papel e monte blocos de papel-rascunho. Ofereça vários
tipos de oficinas de sucata. Doe objetos que possam servir a outras pessoas.
Reciclar materiais O processo de reciclagem reduz a
pressão sobre os recursos naturais, economiza água e energia e geral trabalho e
renda para milhares de pessoas (seja no mercado formal ou informal de
trabalho). Exercite os quatro primeiros Rs e, o que restar, separe para a
coleta seletiva as embalagens de vidros, plásticos, metais, papéis, longa vida,
isopor, óleo de cozinha usado, cartuchos de impressoras, pilhas, baterias, CDs,
DVDs, radiografias e alimentos. A reciclagem promove benefícios ambientais,
sociais e econômicos.
Fonte: Coleção
Consumo Sustentável Manual de Atividades – 2013